quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Microcrédito: uma alternativa para combater a pobreza?

Segundo o economista Raul da Mota Silveira, "a procura e obtenção de capital pelos pobres através do microcrédito representam uma forma de garantir condições mínimas de empreendedorismo para uma parcela importante da população." O microcrédito incentivado por Muhammad Yunus, prêmio Nobel da Paz, 2006, é considerado por alguns economistas, uma ótima fonte para diminuir as desigualdades sociais e de renda entre a população. Consagrado por melhorar o desenvolvimento econômico em países como Bangladesh, o microcrédito proporciona, no Brasil, experiências “aparentemente bem sucedidas”, avalia Raul da Mota Silveira, economista da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Entre as vantagens oferecidas pelo empréstimo, Silveira destaca que “o microcrédito pode atuar no sentido de diminuir as desigualdades sociais do país viabilizando o empreendedorismo de indivíduos sem acesso a crédito através de vias tradicionais”. Em entrevista concedida por e-mail à IHU On-Line, ele salienta que “a economia de mercado pode ser, sim, um instrumento importante para geração de renda e emprego”, a exemplo de alguns países mais desenvolvidos. Bastante acessível à população, esse modelo de empréstimo faz sucesso entre as camadas populares por apresentar poucas exigências e um custo menor de captação e de transação de recursos. Segundo Silveira, “a procura e obtenção de capital pelos pobres através do microcrédito representa uma forma de garantir condições mínimas de empreendedorismo para uma parcela importante da população”, e deveriam ser vista como uma “forma mais inclusiva de garantia de condições mínimas de bem estar”. Entretanto, o incentivo, argumenta, exige uma boa gestão pública. E nesse sentido, o pesquisador é enfático ao apresentar uma proposta: “É necessário dotar os indivíduos de iguais condições de participação do esforço social de produzir riquezas e dotar a sociedade de um conjunto de normas e leis estáveis que garantam e estimulem a acumulação de riqueza”. Confira a entrevista.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Os bancos no país não sabem como atender aos pobres, diz Muhammad Yunus

Os números de empréstimo para os mais pobres, o chamado microcrédito, por parte dos bancos no Brasil são inexpressivos considerando o tamanho e a pobreza da população. Para Muhammad Yunus, criador do Grameen Bank, em Bangladesh, os bancos no país não sabem como atender aos pobres, que não descarta a possibilidade de trazer uma filial do Grameen para o Brasil.A reportagem é de Marianna Aragão e publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo, 11-11-2008.O microcrédito produtivo, sistema de empréstimo à população pobre para estimular o empreendedorismo, ainda não encontrou um modelo para ser aplicado de forma maciça no Brasil. A avaliação é do ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 2006, Muhammad Yunus, economista e criador do Grameen Bank, de Bangladesh. O "banqueiro dos pobres" - apelido que ganhou por ter criado o maior banco de microcrédito do mundo, com 7,5 milhões de clientes, 28 mil empregados e US$ 1 bilhão emprestados em 2007 - acredita que o sistema está emperrado no País porque os bancos não sabem como atender aos pobres. As ONGs, que também poderiam fazer esse papel, não têm dinheiro."O microcrédito não consegue ser extensivo no Brasil, apesar de existir muita gente esperando por ele", disse Yunus ao Estado, após participar, em São Paulo, do evento Expo Management. Segundo o economista, a limitação ocorre pela falta de conhecimento das instituições financeiras sobre os tomadores de microcrédito. Yunus defende, porém, que o desenvolvimento do microcrédito no País não dependa apenas dos bancos. Ele sugere a criação de um fundo central onde ONGs possam pegar emprestado e, depois, emprestar aos pobres. "É preciso criar uma regulamentação que transforme as ONGs em verdadeiros bancos de microfinanças."O Grameen Bank, criado há 32 anos com um capital de US$ 27 e 42 clientes, já concedeu mais de US$ 7 bilhões em empréstimos à população carente em Bangladesh sem exigir comprovação de renda dos clientes. O índice de inadimplência é de cerca de 3%. As taxas de juros oscilam entre 8,5% e 12%. "Isso não se chama filantropia. Somos um banco. Todo o dinheiro que emprestamos vem de nossos depósitos", disse Yunus.No Brasil, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, foram feitas 963.459 operações de microcrédito, com a liberação de R$ 1,1 bilhão, em 2007. Mas os números são inexpressivos considerando o tamanho e a pobreza da população, diz o economista, que não descarta a possibilidade de trazer uma filial do Grameen para o Brasil. Este ano, o banco abriu uma filial em Nova York, a primeira fora de Bangladesh. "Se vocês tiverem o dinheiro e interessados, entraremos com know-how”?.Ao comentar a crise financeira mundial, Yunus arrancou aplausos da platéia. Segundo ele, os bancos, que nunca quiseram emprestar aos pobres por temer a inadimplência, estão quebrando porque "são os ricos que não estão pagando". Ele acredita, porém, que o sistema de microcrédito será impactado. "Quando a demanda do mercado diminuir, os empreendedores terão mais dificuldade de vender seus produtos."

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Instituições de crédito vão pressionar o governo para que libere R$ 1,2 milhão previstos ao setor

Instituições de crédito vão pressionar o governo para que libere R$ 1,2 milhão previstos ao setor
Os participantes do Diálogos de Convergência, que debateram os rumos do microcrédito no Rio Grande do Sul, na terça (4) e quarta-feira (5) na Assembléia Legislativa, irão ao governo do Estado pedir a liberação de recursos para as dez Instituições Comunitárias de Crédito (ICCs). A lei, sancionada em 2001, foi criada para estimular o crescimento das micro e pequenas empresas. No entanto, o montante previsto de R$ 1,2 milhão ainda não foi repassado às instituições. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (5) pelo presidente da Federação Gaúcha de Microcrédito (FGM), Henrique Schuster. “Vamos pedir à governadora Yeda Crusius a liberação desses recursos às instituições que estão em dificuldades, pois entendemos que o microcrédito deve ser tratado como política pública de desenvolvimento econômico”, afirmou. A expectativa de Schuster é de que o documento com as reivindicações das ICCs seja concluído nos próximos 15 dias. Antes de encaminhá-lo ao Piratini, uma cópia será entregue ao presidente da Assembléia Legislativa, deputado Alceu Moreira (PMDB), idealizador do Programa Sociedade Convergente. “Como o presidente deu a oportunidade para que discutíssemos o futuro das instituições de crédito no RS, iremos pedir que ele intermedeie esse encontro com a governadora, pois trata-se de uma pauta política de interesse do Estado”, disse. A idéia é também marcar uma audiência com o secretário da Justiça e Desenvolvimento Social, Fernando Schüller, que construiu a lei das Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCPIS), aprovada no ano passado no Parlamento gaúcho. No Brasil existem 257 OSCIPs registradas no Ministério da Justiça como operadoras de microcrédito, sendo dez no Rio Grande do Sul. Essas instituições constituem um importante canal de acesso ao crédito para pessoas que não conseguem obter empréstimos pelos canais formais. Dessa forma, representam um forte estímulo de apoio às iniciativas empreendedoras da população de baixa renda, podendo transformar a realidade de famílias e comunidades em todo o país.
De acordo com dados da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), há o cálculo de que 70% dos trabalhadores brasileiros estejam, atualmente, sem acesso a qualquer serviço financeiro.

Por Roberta Amaral - MTB 1001 Agência de Notícias 18:41 - 05/11/2008 Edição: Rejane Silva MTB 6302 Foto: Marcelo Bertani / Ag AL

Dialógos de Convergência debate programas de microcrédito em quatro Estados

O painel "Microcrédito no Brasil", com o relato de experiências de programas de crédito para pequenos empreendedores nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Bahia, foi apresentado na manhã desta quarta-feira (5), no Plenarinho do Parlamento gaúcho. A série Diálogos de Convergência, que integra o Programa Sociedade Convergente, promove desde a noite desta terça-feira (4) a discussão sobre os rumos do microcrédito no Rio Grande do Sul e em regiões que necessitam da inclusão creditícia aos seus empreendedores, sejam produtores urbanos ou rurais, formais ou informais, mas que necessitam, sobretudo, de acompanhamento produtivo em seus empreendimentos. Para relatar como funciona o microcrédito nesses Estados, compareceram o diretor de Operações da Caixa RS Agência de Fomento, Rogério Wallau; o gerente de Microcrédito da Agência de Fomento do Estado de Santa Catarina (Badesc), Rodrigo Moriguti; o gerente de Microfinanças da Agência de Fomento do Estado da Bahia, Marcelo Mesquita e a gerente de Operações da Agência de Fomento do Paraná, Cristina Stephanes. Rio Grande do Sul A experiência com o microcrédito no RS foi apresentado pelo diretor de Operações da Caixa RS Agência de Fomento, Rogério Wallau. Segundo ele, a Caixa RS tem como principal objetivo preencher espaços do mercado bancário tradicional e apoiar oportunidades de implantação, modernização ou expansão de economias. “A Caixa RS trabalha com os setores público (municípios) e privado (micro, pequenas e grandes empresas) e tem como missão institucional promover o fomento econômico e social”, afirmou. Wallau frisou que todas as ações de fomento são calcadas em programas como a Armazenagem Certificada; APL Madeira; Fruticultura; RS Energia para investidores; Credimicro (créditos que variam de R$ 200 a R$ 10 mil) e Programa Faz Mais (créditos que variam de R$ 10 mil a R$ 200 mil). “Apoiamos todos os empreendimentos sejam micro, pequenos ou grandes de um mesmo segmento”, reiterou. Santa Catarina O programa de microcréditos da Agência de Fomento do Estado de Santa Catarina é coordenado pelo Badesc e atende 293 municípios através de postos avançados, subordinados às Oscips estrategicamente estabelecidas em 17 cidades catarinenses. Conforme Rodrigo Moriguti, o microcrédito catarinense é um programa que oferece pequenos empréstimos por meio de uma rede de 19 Oscips (Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público), de maneira rápida e sem burocracia, para proprietários de pequenos negócios formais e informais que necessitem de recursos financeiros para promover o crescimento de seu microempreendimento. Moriguti igualmente enfatizou que o programa permite o acesso da população de baixa renda ao crédito não atendido pelo sistema financeiro nacional. “O grande diferencial deste programa é a metodologia, baseada no relacionamento direto do agente de crédito com o microempreendedor no local da sua atividade”. disse. Bahia O gerente de Microfinanças da Agência de Fomento da Bahia (Desenbahia), Marcelo Mesquita, afirmou que o Estado começou a desenvolver um programa experimental de microcrédito em 2002. Segundo ele, a idéia foi levar esse sistema de crédito a autônomos e pequenos empresários que estivessem na informalidade e sem acesso ao sistema financeiro tradicional. "Pelas características geográficas da Bahia, com um grande número de municípios distantes da capital, levamos o microcrédito aos pequenos comerciantes do interior do Estado", contou. Mesquita explicou que o programa atuou em duas vertentes desde seu início: "Primeiro fizemos uma operação direta com o empreendedor, em parcerias com prefeituras e secretarias municipais, e depois financiamos instituições de microcréditos (Oscips) que financiam pequenos empreendedores", relatou. Após cinco anos de vigência, a Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia), atende 152 municípios e já realizou em torno de R$ 55 milhões em operações. Paraná A diretora de Operações da Agência de Fomento do Paraná, Cristina Stephanes, disse que a instituição oferece diversos tipos de microcrédito direcionados aos agricultores e pequenas empresas. Ela relatou que a agência trabalha com o chamado Primeiro Piso, ou seja, oferece empréstimos diretamente ao tomador final (o microempreendedor como, por exemplo, a doceira, a costureira, o pequeno agricultor). Ela destacou o Programa Trator Solidário do governo estadual, que tem como meta financiar em quatro anos 4 mil tratores aos produtores beneficiados com o Pronaf nas classes C, D e E. TardeO debate continua à tarde com o painel "Instituições, microcrédito e microfinanças no RS" e com a apresentação de propostas e encaminhamentos. A partir das 14h30, no Plenarinho da Assembléia Legislativa, 3º andar. Abertura dos debatesNa abertura do evento, o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Alceu Moreira (PMDB), ressaltou que o microcrédito representa um dos fatores para a inclusão da sociedade no mercado de investimentos. " O novo empreendedor precisa saber se o mercado é viável, se tem capacidade profissional e gerencial. Se ele não tiver esses pressupostos, o crédito será um empurrão para o endividamento", alertou. O presidente defendeu políticas públicas estadual que viabilizem microcréditos para o pequeno empreendedor. Além disso, Alceu Moreira destacou a necessidade do pequeno empreendedor ter orientações qualificadas e o acompanhamento do negócio por agentes de microcrédito. O diretor do Fórum Democrático de Desenvolvimento Regional, João Gilberto Lucas Coelho, concorda com a opinião do presidente da AL, ao afirmar que os microcréditos são financiamentos fundamentais para a inclusão social de pequenos empreeendedores. "Desta forma, uma costureira poderá conseguir créditos para realizar o sonho da compra de novos equipamentos", exemplificou.
Por Daniela Bordinhão - MTB 8245 Agência de Notícias 14:06 - 05/11/2008 Edição: Sheyla Scardoelli - MTB 6727 Foto: Marco Couto / Ag. AL

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

MTE fomenta o desenvolvimento institucional das entidades de microcrédito

O Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado, do Ministério do Trabalho e Emprego, por intermédio da Secretaria de Políticas Públicas de Emprego, lança projeto que visa a apoiar o fortalecimento e o desenvolvimento institucional de sua rede de organizações habilitadas. Para o MTE, o fortalecimento dessa rede de instituições de microcrédito produtivo orientado é essencial para assegurar perenidade na oferta e concessão de microcrédito aos microempreendimentos formais e informais. Com este objetivo, o MTE publicou nesta data, edital de Apoio a Projetos de Desenvolvimento Institucional, que poderá atender às OSCIP, às cooperativas de crédito e as associações destas duas organizações e das sociedades de crédito ao microempreendedor.
Segundo o edital, as propostas apresentadas poderão contemplar catorze (14) áreas de aplicação dos recursos, que incluem investimentos em recursos humanos, gestão de conhecimento e pesquisas de impacto, relacionamento interinstitucional, promoção de eventos, plano de marketing, expansão e regionalização, plano diretor de informática, transportes e logística, adaptação de espaços físicos, estudos e apoio à constituição de novas organizações, estruturação de soluções de garantias para o microcrédito, desenvolvimento de novos produtos de crédito, microcrédito produtivo orientado com segmentos específicos de público e promoção de análises de classificação de risco (rating). A publicação deste edital de apoio ao desenvolvimento das instituições de microcrédito produtivo orientado representa a continuidade de um trabalho iniciado em 2006, por meio de parceria entre o MTE, o BNDES e o BID, que propiciaram a realização de dez oficinas, em que participaram 375 representantes do setor, além da publicação, por enquanto de três trabalhos, sendo um referente à padronização contábil para as OSCIP de microcrédito, o outro sobre a governança corporativa e a gestão das instituições de microcrédito e, finalmente, um terceiro, sobre o marco legal das microfinanças no Brasil. Outros editais - A coordenação do Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado já lançou, além deste edital, outros dois neste ano, com o intuito de estimular a oferta e concessão de microcrédito aos empreendedores identificados no cadastro do Programa Bolsa Família e de selecionar uma organização para desenvolver um plano de capacitação de agentes de crédito.Planseq Microcrédito – Além dos agentes de crédito, o Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado também está desenvolvendo uma ação de capacitação de microempreendedores em gestão de pequenos negócios, com um conteúdo que deverá incorporar noções de administração financeira e de marketing, noções de cooperativismo e economia solidária. Ações de capacitação serão desenvolvidas em dezessete estados, por monitores que trabalharão em estreita sintonia com as organizações de microcrédito. Os microempreendedores beneficiários serão aqueles que já estejam sendo atendidos pelas organizações de microcrédito, que deste modo, poderão complementar sua atuação junto ao seu público-alvo, enquanto seus clientes poderão melhorar a estruturação de seus negócios.
Programa de Microcrédito - O Programa foi instituído pela Lei 11.110, de 25 de abril de 2005, com o objetivo de incentivar a geração de trabalho e renda entre os microempreendedores populares e de oferecer apoio técnico às instituições de microcrédito produtivo orientado, com vistas à ampliação do serviço prestado. O Programa de Microcrédito atua no Brasil por meio de uma rede de mais de 275 instituições habilitadas ao MTE.O empreendedor que pretenda solicitar a visita de um agente de crédito ou obter maiores informações, pode acessar o site www.mte.gov.br/microcredito ou ligar 0800-285-0101 (para as regiões Sudeste, Nordeste e os estados do Amapá, Amazonas, Roraima e Pará) ou 0800-61-0101 (para as regiões Sul e Centro Oeste e os estados do Acre, Rondônia e Tocantins). O MTE também disponibiliza na internet o endereço http://www.mte.gov.br/microcredito/emprestimos, onde qualquer pessoa pode acessar o Formulário para Acesso ao Microcrédito. Basta escolher a instituição mais próxima de sua casa.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Decreto eleva limite de faturamento do microcrédito produtivo orientado

Publicado no Diário Oficial da União de hoje, decreto modifica os limites de renda bruta anual das pessoas empreendedoras de atividades produtivas de pequeno porte, de R$ 60 mil para R$ 120 mil.

Brasília, 22/10/2008 – Foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (22) o Decreto nº 6.607 (ver abaixo), que altera de R$ 60 mil para R$ 120 mil os limites de renda bruta anual das pessoas físicas e jurídicas empreendedoras de atividades produtivas de pequeno porte, que constituem o público definido para o atendimento no do Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO).
A ampliação do limite de renda bruta anual dos microempreendedores justifica-se na medida em que responde a uma necessidade de atendimento identificada pela rede de instituições habilitadas ao MTE. Com o passar dos anos, associado ao crescimento da economia brasileira, o limite anterior, de R$ 60 mil, apresentava-se defasado.
Com a mudança do limite para R$ 120 mil, milhares de microempresas poderão ser atendidas pela rede de microcrédito. Um microempresário que tenha receita anual de R$ 70 mil não podia receber microcrédito antes do decreto. Com essa mudança agora ele vai poder. Nós estamos, portanto, ampliando o campo de atuação do microcrédito produtivo orientado”, esclareceu Max Coelho, coordenador do Programa de Microcrédito.
Assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ministros do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi; da Fazenda, Guido Mantega; e Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, o Decreto – datado de 21 de outubro de 2008 - altera o de nº 5.288, de 29 de novembro de 2004. Ele foi apresentado ao presidente Lula por iniciativa do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), através da coordenação do Programa de Microcrédito, atendendo uma demanda apresentada pelas instituições de microcrédito produtivo orientado.
Programa de Microcrédito - O Programa foi instituído pela Lei 11.110, de 25 de abril de 2005, com o objetivo de incentivar a geração de trabalho e renda entre os microempreendedores populares e de oferecer apoio técnico às instituições de microcrédito produtivo orientado, com vistas à ampliação do serviço prestado. O Programa de Microcrédito atua no Brasil por meio de uma rede de mais de 270 instituições habilitadas ao MTE.
O empreendedor que pretenda solicitar a visita de um agente de crédito ou obter maiores informações, pode acessar o site www.mte.gov.br/microcredito ou ligar 0800-285-0101 (para as regiões Sudeste, Nordeste e os estados do Amapá, Amazonas, Roraima e Pará) ou 0800-61-0101 (para as regiões Sul e Centro Oeste e os estados do Acre, Rondônia e Tocantins).
O MTE também disponibiliza na internet o endereço www.mte.gov.br/microcredito/emprestimos, onde qualquer pessoa pode acessar o Formulário para Acesso ao Microcrédito. Basta escolher a instituição mais próxima de sua casa.

Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
DECRETO Nº 6.607, DE 21 DE OUTUBRO DE 2008.

Dá nova redação ao art. 3º do Decreto nº 5.288, de 29 de novembro de 2004, que dispõe sobre o Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado - PNMPO.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei no 11.110, de 25 de abril de 2005,
DECRETA:
Art. 1o O art. 3o do Decreto no 5.288, de 29 de novembro de 2004, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 3o Para efeito do disposto neste Decreto, consideram-se pessoas físicas e jurídicas empreendedoras de atividades produtivas de pequeno porte aquelas com renda bruta anual de até R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais).” (NR)
Art. 2o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 21 de outubro de 2008; 187º da Independência e 120º da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Guido Mantega
Carlos Lupi
Patrus Ananias
Este texto não substitui o publicado no DOU de 22.10.2008

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Seminário Estadual

Diálogos de Convergência:
“Os Rumos do Microcrédito no Rio Grande do Sul”

Promoção:

Forum Gaúcho de Microfinanças
Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul

Apoio:
Ministério do Trabalho e Emprego - SRTE
Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Banco Central do Brasil - BCB
BRDE - Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul
BANRISUL – Banco do Estado do RS
Caixa Estadual SA - Agência de Fomento/RS
GarantiaRS - Associação Garantidora de Crédito do Estado do RS

O RS já obteve inúmeras experiências de microcrédito que funcionaram com grande êxito e se tornaram referência nacional. Mas hoje em dia, em comparação com alguns outros Estados, a capilarização do microcrédito não vem acontecendo. O volume de financiamentos de microcrédito é baixo e há uma economia popular totalmente descoberta das possibilidades de inclusão creditícia. O questionamento que os protagonistas deste Setor fazem é: como que em outros Estados da Federação, conseguem resultados positivos? Porque o RS não consegue? Hoje o desafio que está colocado para nós, é fazer do microcrédito e das microfinanças uma alternativa financeira e produtiva viável para as economias populares locais. São estas as que realmente precisam de crédito e geram trabalho e renda para a nossa Sociedade. A Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul tem o compromisso de tentar encontrar, nos Diálogos de Convergência, uma alternativa histórica para o povo deste Estado. Este Seminário, intitulado “O Microcrédito no Rio Grande do Sul” é a ferramenta para construirmos esta tarefa.

Objetivos do Seminário:
Difundir a utilização do microcrédito no estado do Rio Grande do Sul em regiões que necessitam de inclusão creditícia aos seus empreendedores. Sejam produtores urbanos ou rurais, formais ou informais, mas que necessitem, sobretudo, de acompanhamento produtivo em seus empreendimentos.
* Atingir com estes objetivos gerais, os agentes, os executores, os gestores, os militantes, os beneficiados, os acadêmicos, os parlamentares dos poderes legislativos (municipal e estadual) e toda a comunidade riograndense que queira conhecer e/ou aprofundar este tema.
* Conhecer, debater e se apropriar das mais variadas formas de saberes que envolvem a temática do microcrédito e microfinanças.
* Encaminhar alternativas de ações para a melhor implantação destes objetivos.

Público Alvo:
A todos e todas que trabalham na gestão e no apoio ao microcrédito e nas microfinanças, seja em instituições estatais, públicas ou não, do estado do Rio Grande do Sul. A todos e todas que profissionalmente, academicamente ou voluntariamente, se interessam pelo assunto.

Local:
Sala João Neves da Fontoura (Plenarinho – 3º andar)
Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul
Praça Marechal Deodoro, 101 - Porto Alegre/RS - CEP 90010-300
PABX (51) 3210.2000

Data:
Dias 04 e 05 de Novembro de 2008.

Programação:

Dia 04/11 (terça-feira):

18h00min - 19h00min - Abertura Oficial do Evento
* Representante Governo Federal (SRTE)
* Representante Governo Estadual
* Presidente Assembléia Legislativa
* BCB
* BRDE
* CaixaRS
* Banrisul
* Presidente do FGM
* GarantiaRS
19h00min - 19h30min - Apresentação do PNMPO – J. Max Brito Coelho - Coordenador do PNMPO
20h00min - 20h30min - Apresentação do Microcrédito no RS – Henrique Schuster - Pres do FGM
20h30min - 21h00min - Contribuições para o Debate
21h00min - Encerramento

Dia 05/11 (quarta-feira):

9h00min - 11h00min: Painel sobre: Microcrédito no Brasil.
Coordenação da Mesa - Comissão Economia - AL
* Santa Catarina – Badesc
* Bahia – DesemBahia
* Agência de Fomento PR
* Agência de Fomento do RS - CaixaRS
11h00min – 12h30min: Coordenação da Mesa – Comissão Economia - AL

Debates
* Intervenções da Plenária

12h30min - 14h30min: Intervalo para almoço

14h30min - 15h30min:
Painel Institucional: Instituições, microcrédito e Microfinanças no RS.
Coordenação FGM
* GarantiaRS - Concessão de garantias para os empreendimentos.
* SICREDI e as operações em Microfinanças no RS.
* BRDE e o apoio às Microfinanças no RS
* Portosol e a história do Microcrédito no RS.

15h30min – 17h00min: Coordenação da Mesa - Comissão Economia - AL
* Sistematização das propostas do debate
* Encaminhamentos:
- Mesa de Negociação
* Formação/Membros
* Pauta
* Agendamento: Locais e datas
- Próximo encontro

17h00min - Encerramento